terça-feira, 5 de julho de 2011

Bic, o Vaga-lume

Há muito tempo, num tempo em que os bichos falavam. Num lindo jardim cheio de belas flores, havia um Ipê, uma árvore alta e frondosa. Era nesta árvore que vivia uma família de vaga-lumes um casal e seus vinte filhotinhos. Um deles, que se chamava Bic, perdeu-se de sua família ainda pequeno, ao cair em queda livre do alto galho da árvore onde moravam, bateu as asinhas e voou sem destino, por isso vivia sozinho.
O grande sonho de Bic era reencontrar seus pais e seus dezenove irmãos. É claro que tudo seria muito mais fácil se ele pudesse enxergar.
Isso mesmo, o pequeno vaga-lume, que tinha a sua própria luz... Era cego. A vida de Bic não era nada fácil, afinal, ele precisava se alimentar, tomar água e ainda, se proteger dos outros bichos da floresta pra quem ele poderia servir de alimento.
Até que, numa linda tarde de primavera, enquanto estava paradinho num canto, como sempre ficava, levou um susto: alguma coisa ou alguém caiu sobre ele!Ainda sem saber direito o que tinha acontecido, ouviu os pedidos de desculpas de um Besouro que, logo notou que Bic não enxergava.
Besouro que era doutor, formado em uma das melhores faculdades de medicina do país, percebeu que os olhos de Bic estavam fechados de uma maneira que não era normal... Lembrando-se das palavras do juramento feito quando recebeu o diploma de médico “Eu, solenemente, juro consagrar minha vida a serviço dos meus semelhantes...”
Dr. Besouro decidiu ajudar Bic. Pôs uma das asas em seu ombro e o guiou até o seu consultório que não ficava muito longe dali, no tronco de uma pequena goiabeira.
Lá chegando, ao examinar os olhos de Bic, o Dr. Besouro viu que se tratava de um caso simples, porém muito raro: os olhos do vaga-lume estavam ainda colados com líqüido do ovo onde ele esteve abrigado até nascer. Dr. Besouro pegou em sua prateleira, um minúsculo vidrinho que continha o remédio do qual Bic precisava. Tão logo os olhos de Bic foram lavados com a água de rosas brancas, Bic enxergou!

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